terça-feira, 6 de setembro de 2011
autofágico.
Eles se amam. Todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.
.Tati Bernardi
Aqui estou mais uma vez na minha luta diária, matando um leão ao amanhecer e um gigante todas as noites antes de dormir. Sabe, desviar pensamentos é um tanto quanto complicado, o próprio ato de tentar não pensar em algo já é pensar, já é abrir a porta e deixar entrar, deixar com que ande pela sala, sente no sofá, olhe para os quadros e por fim deixar com que derrame sorrisos pelo chão e se aposse do meu lar, e o que eu faço? Eu? Recolho cada sorriso cuidadosamente para que não se quebrem em minhas mãos e os jogo pela janela para que lá fora fiquem e junto com cada um vai uma lágrima, junto com cada um vem um aperto no peito, uma dor imensurável, afinal, verdade seja dita, te pedir para se retirar do meu lar é um tanto dolorido, pois gostaria que ficasse, sim, que ficasse! Que fizesse do meu o seu, que tomasse posse de tudo o que é seu por direito, entretanto, hoje não se trata de um ‘viveram felizes para sempre’, hoje, eu te peço que vá, pois é nisso que tento acreditar todos os dias mesmo desacreditando instantes depois, acreditar que ser dois em ‘um’ não dá mais, agora somos dois incompletos, dois!
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ao sair, apague as luzes.