domingo, 20 de novembro de 2011
o quanto você vale.
Já posso sentir os raios de sol a esquentar meu rosto, queimando a pele e me fazendo suar, posso sentir a brisa do mar soprando contra o meu corpo, posso ver as gramíneas verdinhas que cresceram próximo as rochas cheias de musgos e sal, posso ver tudo o que existe aqui fora. Vejo pessoas indo e vindo, passando por mim sorridentes ou não, vejo as cores em seus olhos, em suas bocas, mãos e cabelos, é muita informação para tão pouco tempo, estou nascendo novamente, é tudo tão diferente do que era a alguns dias atrás, meses talvez.
- É muito bom estar aqui fora.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Oi?
- Aqui, do agora, ter ou ser?
- Ter e ser!
- Do querer sem crer, encontrar um ser.
- O quê?
- Um ser!
- Do medo recorrente, um ser agora, pra quê?
- Do querer mais tarde, tempo não ter.
- Mentira!
- Tá, do querer agora, faltar interesse.
- Da brincadeira adiada, faltar o que mais?
- Faltar brilho, faltar novos velhos olhos.
- Da saudade anunciada, faltar o que mais?
- Da saudade encerrada, faltar bochechas rosadas.
- Da mentira começada, não querer mais?
-Não, da dor explorada, não querer mais.
- Do perder, culpa tomar metade do ser, pra quê?
- Do sofrer, precisa um culpado ter.
- Acabou, o que vem a proceder?
- Não saber, deixar correr.
- É seu dever saber!
- Do começo sem fim, do início abortado, dos sorrisos ganhados, uma hora há de ser!
- É, pode crer.
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